Praia Urbana made in Osasco

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Conheça a trajetória de Edson Ribeiro, proprietário da Long Island e de mais duas marcas de fashion e streetwear e que há anos está baseado na cidade de Osasco.

Long Island. Muito provavelmente você já tenha ouvido o nome desta marca de surfwear ou visto o logotipo em alguma revista especializada. Você talvez soubesse que é uma marca brasileira. Agora, o que você não sabia, de jeito algum, é que a empresa está há anos instalada em Osasco. Ahá!

Conversamos com Edson Ribeiro, proprietário da marca, sobre a trajetória da empresa e a sobrevivência da confecção em um mercado que está cada vez mais sendo engolido pelas altas cargas tributárias.

Início e meio
Final dos aos 1980, mais precisamente 1988. O bancário Edson Ribeiro junta o dinheiro de suas férias e na companhia de um primo decide abrir uma confecção de surfwear, que era um mercado muito promissor na época.

Se você é empreendedor e microempresário, já deve ter visto este filme: Edson começou, então, a se dividir entre o trabalho no banco durante o dia e a confecção de surf à noite. Em pouco tempo, quando a empresa começou a tomar fôlego, ele deixou o trabalho assalariado e passou a se dedicar somente a empresa. O primo cuidava da fabricação e ele saía na rua para as vendas.

De lá para cá, a empresa enfrentou vários revezes. A fábrica, inicialmente instalada no bairro do Tatuapé, na cidade de São Paulo, foi quase dizimada em uma enchente. Os sócios decidem, então, mudar a estrutura toda para Móoca, também em São Paulo. No início dos anos 1990 chega o governo Collor e a inflação fica descontrolada. A empresa passa por mais uma maré brava e sobrevive.

Assim como muitos empresários do ramo, Edson aprendeu pondo a mão na massa: penou, mas conseguiu montar uma equipe de vendas com bons representantes. Segundo o próprio Edson, este foi o maior desafio da marca. Até hoje a Long Island se concentra em vender no atacado através de representantes e em uma loja de pronta-entrega localizada no bairro do Brás, na capital e uma loja própria em parceria com um atleta no Guarujá. A marca concentra suas vendas através de multimarcas. E, por que não abrir lojas próprias e franquias? “Este ainda não é o momento da Long Island. Quando você decide ter lojas próprias ou franquias, passa a ter outros tipos de preocupações”, diz Edson. É preciso ter foco no modelo de negócio escolhido e seguir em frente.

E onde Osasco entra nesta história? Edson diz que a vida acabou levando a empresa para Osasco. No início dos anos 2000 o trabalho era prejudicado pelo trânsito da capital. Na época, a fábrica ainda estava na Móoca e seu tio, na época também sócio, possuía um comércio em Osasco. Assim a família se dividia entre a casa do tio na Lapa, a empresa de Edson (de seu primo e de seu tio) na Móoca e o comércio do tio em Osasco. Por que não encurtar um dos caminhos e levar a fábrica da Long Island para Osasco? Foi um boa pedida e, desde então, a empresa está na cidade. O escritório, o showroom e a fábrica (com seus 42 funcionários diretos) estão num prédio no bairro de Presidente Altino.

Com os desafios da alta tributação brasileira, o empresário opta por uma produção enxuta e, assim, divide a fabricação das peças com confecções terceirizadas. Daí, o número de pessoas envolvidas indiretamente com a Long Island sobre bastante.

O agora e o futuro
Edson diz que vai manter a Long Island com o mesmo modelo de negócio. Mas para expandir a marca e gerar novos negócios, está investindo na linha de acessórios (principalmente calçados e mochilas) e, num futuro próximo, vai querer que a marca entre no mundo do licenciamento. Assim, o logotipo da Long Island poderá ser visto em cadernos e etc. Mesmo assim, Edson pretende manter os números das coleções: cerca de 350 itens nas coleções de inverno de cerca de 400 itens nas coleções de verão.

Mas não pense que as inovações param por aí.

Em 2013 a Long Island ganhou duas “irmãs”: a Way2Be e a Furious. Assim, surge o “Grupo Altair”, que engloba as 3 marcas.

A Way2Be é uma marca de moda fashion de alto padrão, com uma pegada minimalista. Atualmente ela está sendo comercializada através de um showroom em São Paulo.

Já a Furious é uma marca para o público que curte skate, MMA e tem uma pegada mais street. Voltada mais para o público C, ela também vai ser comercializada através de representantes e multimarcas.

Quer saber mais sobre as marcas? Acessa os links!
www.longisland.com.br
http://way2be.com.br

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É osasquense e formada em Negócios da Moda, com especialização em Figurino (MAM-SP). Eva também faz parte do programa 10.000 mulheres, (FGV) e é conselheira de Cultura voluntária em Osasco. Atua há 15 anos no mercado de Moda realizando consultoria de Negócios e produção de figurino em shows internacionais, como: MDNA, Lady Gaga, Roger Waters, Britney Spears, Aerosmith, U2 360º, Batman Live, Stomp, Pearl Jam, Metallica, AC/DC, Rush, Bon Jovi, Guns’n Roses, entre outros.

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