O soteropolitano faz sua estréia no Dragão Fashion – e nas passarelas, em geral – e surpreende com sua técnica apurada de construção de roupas e de elaboração de desfile.
Jefferson Ribeiro é novo no mundo da Moda, mas é uma pessoa extremamente lúcida e organizada, tanto que seu backstage parecia ser o de um estilista que estava apresentando sua vigésima coleção, tamanha era a organização.
Com sua coleção, Jefferson propõe uma reflexão sobre a vida moderna. “Temos tanta tecnologia e, no final das contas, quem nos surpreende é a natureza”, ele diz. A ideia de sua coleção surgiu ao conhecer um rapaz com vitiligo no centro de Salvador e, por causa deste fato, o rapaz tinha um olho de cada cor (um claro e outro escuro).
Ao abrir o desfile com peças de crochê, que é uma técnica primitiva, ele faz uma referência a corrente de pessoas que começaram a querer voltar no tempo, apegando-se mais as coisas cimples da vida e não tanto à tecnologia. A evolução do desfile, com a inserção gradual de peças feitas de sarja e organza, mostra a invasão tecnológica.
Fotos: Roberta Braga / Silvia Boriello / Ricardo K