Desfile mais que especial

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Mulheres que venceram o câncer de mama sobem a passarela para colorir desfile promovido pela Universidade Anhembi Morumbi e pelo hospital Pérola Byington. O evento, que acontece pelo terceiro ano consecutivo, se realizará dia 25 de outubro.

No mês em que a conscientização sobre a importância do autoexame e da mamografia para a prevenção do câncer de mama está em pauta, a Anhembi Morumbi, integrante da rede internacional de universidades Laureate, em parceria com o CRSM do Hospital Pérola Byington – especializado em saúde da mulher – realiza o 9º Desfile da Primavera, cujo tema da vez é “O Bordado do Improviso”. Na passarela, ao invés de modelos profissionais, sobem pacientes. O evento acontecerá no dia 25 de outubro, às 15 horas, no câmpus Morumbi.

O objetivo é elevar a autoestima das mulheres que estão passando por tratamento contra o câncer e conscientizar outras sobre a importância do autoexame e de consultas periódicas. Para isso, 21 voluntários, entre alunos e docentes do curso de Design da Moda, trabalharam na criação de peças que contam com o charme do crochê e do tricô feitos à mão, ponto a ponto. Segundo Eloize Navalon, coordenadora do curso de Design de Moda, a técnica foi escolhida por dar origem a um tecido maleável e resiliente, características encontradas nessas mulheres que lutam pela vida, muitas vezes no improviso.

Também participam da ação, alunos dos cursos de Negócios da Moda, envolvidos na organização do evento, de Produção Musical, que assinam a trilha sonora do desfile, e de Estética e Cosmética com ênfase em Maquiagem Profissional e Visagismo e Terapia Capilar, que cuidarão do makeup e cabelo das ‘modelos’.

Este é o terceiro ano em que a Anhembi Morumbi apoia a iniciativa. “Sabemos o quanto uma ação como essa pode contribuir para o bem-estar das mulheres”, afirma Eloize Navalon.

Concepção do projeto

De forma livre, improvisada, as peças foram inspiradas na capacidade de transformação e superação do ser humano. Manter-se resiliente é o ponto central da gestão emocional, e, consequentemente, da saúde e bem estar. É a capacidade de improvisar, agindo de acordo com o que se tem em mãos. A partir deste conceito, os profissionais escolheram abrir mão de roteiros ao criar os tecidos para suas peças.

As técnicas escolhidas foram o crochê, o tear, o tricô e o bordado. A matéria-prima virou tecido e este, por sua vez, tornou-se vestimenta – representando o ciclo de mudanças da vida e o poder de renovação.

O branco aparece com destaque nas criações, por representar o recomeço. Os desenhos simbolizam o sistema imunológico. Nestas imagens, tons violáceos, azuis e lavanda remetem a uma crença metafísica do poder desses tons para a transformação pessoal e elevação espiritual. O violeta e o roxo, por exemplo, ajudam a combater os medos e contribui para a paz limpando a mente de transtornos emocionais.

*A imagem de abertura deste artigo é do desfile realizado em 2012

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