Ela é icônica. Ela é única. Mas as visões sobre ela são inúmeras. Veja nesta exposição como artistas do mundo inteiro interpretam a singularidade da bolsa mais famosa do mundo.
Em 1995, nasce a Lady Dior. Recém-criada, ela é oferecida pela Primeira-Dama francesa para Lady Diana, Princesa de Gales, que visitava Paris para inaugurar uma exposição de Cézanne. Desde então, a princesa mais querida pela mídia internacional não se separou de seu presente. A bolsa estava ao seu lado, por toda parte e o tempo todo. Ela encomendou uma de cada versão existente. O modelo pespontado de cannage, com argolas douradas que ligam o corpo retangular às alças arqueadas e as letras pendentes – que homenageiam a paixão de Christian Dior por amuletos de sorte – foi transformado em um acessório icônico nos últimos quinze anos. Feita de couro ou de peles exóticas, seu estilo e elegância suprema colocam a Lady Dior em um patamar próprio e distinto.
Mítica e moderna, a Lady Dior vem inspirando os maiores artistas ao redor do mundo. Dentre esses, fotógrafos, artistas plásticos, vídeoartistas e renomados diretores de cinema levaram a história da misteriosa bolsa, incorporada por Marion Cotillard, às principais capitais do mundo. Deste modo, a Lady Dior descobre seu lugar dentre a herança cultural de Christian Dior que, antes mesmo de tornar-se estilista, já era um apaixonado conhecedor de arte e dono de uma galeria. Em Paris, ele foi o primeiro a apresentar o trabalho de artistas como Calder, Dalí, Miró e Giacometti, além de expor obras de Picasso, Dufy, Ernst e Klee. Gertrude Stein era uma de suas mais fiéis clientes. O jovem que havia sonhado em ir para a escola de arte manteve-se, contudo, próximo a artistas durante toda sua vida. Esse seu envolvimento artístico pode ser notado na essência das criações do próprio Dior, como nas de seus sucessores
Na própria identidade da Maison Dior, este amor pela arte estimula um diálogo vibrante entre o ícone que é a Lady Dior para a marca com as obras de diversos artistas extremamente talentosos, que vão de David Lynch, John Cameron Mitchell e Patrick Demarchelier a Arne Quinze, Wen Fang, Maarten Baas, Olympia Scarry, contando com trabalhos do Recycle Group. Mais de setenta e sete obras de arte excepcionais prestam sua homenagem – cada uma de maneira única – ao ícone Dior.
A exposição itinerante continua a crescer rapidamente e agregar novos conteúdos artísticos a cada parada. No Brasil, o acervo da mostra ganha seis novas obras, sendo três de artistas plásticos brasileiros: Laerte Ramos, Brigida Baltar e Tunga.
Lady Dior As Seen By
http://www.diorpr.com/
Instituto Tomie Ohtake
Aberto ao público de 21 de fevereiro a 10 de março
R. dos Coropés, 88 – Pinheiros São Paulo, 05426-010 (Brasil)
De terça-feira a domingo, das 11h00 às 20h00.
Entrada franca.